terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cartas de Amor Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)



Três cartas apaixonadas,e nunca enviadas, foram encontradas entre os papéis de Beethoven, depois da sua morte, dirigidas à sua "Amada Imortal". Não têm data, e a identidade da destinatária nunca foi determinada com toda a certeza, embora a candidata mais plausível seja Antonie Brentano (1780 - 1869), uma vienense casada com um comerciante de Frankfurt.

Carta (I)

"Amada Imortal", 6 de Julho, manhã

Meu anjo, mu tudo, meu próprio ser - hoje apenas umas poucas palavras e a lápis (o teu) - apenas terei o meu alojamento. Que abominável a perda de tempo com estas coisas - porquê este desgosto profundo, esta indigência? Poderá o nosso amor perdurar sem ser com sacrifícios ou exigências? Poderás mudar isto, sendo que não inteiramente minha, nem inteiramente tua? Meu Deus, olha para a tua bela Natureza e prepara a tua mente para o inevitável. O amor exige tudo e está certo, de tal modo que é eu contigo, e tu comigo - mas tu esqueces que eu tenho de viver por mim e por ti - e como estamos muito unidos, devias reparar neste doloroso sentimento tal como eu...
... Espero encontrar-te em breve, hoje não consigo dizer-te o que quero, o que fiz durante estes dias - estivessem os nossos corações próxmos, talvez não dissesse nada. A minha alma está cheia, para dizer a verdade - há momentos em penso que as palavras de nada valem. Alegra-te - permanece o meu verdadeiro e único tesouro, meu tudo, tal como eu para ti. Os deuses que enviem a trégua, o que estiver reservado para nós, estará.

O vosso fiel
Ludwig

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