sexta-feira, 18 de junho de 2010
José Saramago, 1922 - 2010
Intimidade
No coração da mina mais secreta,
No interior do fruto mais distante,
Na vibração da nota mais discreta,
No búzio mais convolto e ressoante,
Na camada mais densa da pintura,
Na veia que no corpo mais nos sonde,
Na palavra que diga mais brandura,
Na raiz que mais desce, mais esconde,
No silêncio mais fundo desta pausa,
Em que a vida se fez perenidade,
Procuro a tua mão, decifro a causa
De querer e não crer, final, intimidade.
José Saramago
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Gala 11 anos TVI - Rita Guerra & Beto - Brincando com o fogo
Permanecerás sempre nos nossos corações.
Beto, 1967 - 2010
sábado, 22 de maio de 2010
JOHN MAYER LIVE @ Rock in Rio Lisbon 2010 - "Half of my Heart"
LIndo e maravilhoso, canta que encanta!!
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Reflexão
terça-feira, 27 de abril de 2010
Funeral Blues
"Pare os relógios, cale o telefone
Evite o latido do cão com um osso
Emudeça o piano e que o tambor surdo anuncie
a vinda do caixão, seguido pelo cortejo
Que os aviões voem em círculos, gemendo
e que escrevam no céu o anúncio: ele morreu
Ponham laços pretos nos pescoços brancos das pombas de rua
e que guardas de trânsito usem finas luvas de breu
Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste
Meus dias úteis, meus finais-de-semana,
meu meio-dia, meia-noite, minha fala e meu canto
Eu pensava que o amor era eterno; estava errado
As estrelas não são mais neessárias;
apague-as uma por uma
Guarda a lua, dismonte o sol
Despeje o mar e livre-se da floresta
pois nada mais poderá ser bom como antes era"
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Álvaro de Campos (Heterónimo de Fernando Pessoa)
Carta (II) de Alexander Pope para Lady Mary Wortley Montagu
Carta de Alexander Pope para Lady Mary Wortley Montagu
Para Lady Mary Wortley Montagu, Junho de 1717
Senhora,
Se o viver na memória dos outros tem alguma coisa de desejável, é o que tendes, no que me toca, no mais elevado sentido das palavras.
Não há um só dia em que a vossa imagem me não visite; as vossas palavras regressam ao meu pensamento e cada instante, lugar ou ocasião em que me deleitei nelas são vivamente pintados com uma imaginação igualmente afogueada e terna que as possa representar.
Dizeis-me que o prazer de estar perto do sol melhora muito a vossa saúde e ânimo. Vós haveis levado a minha afeição tão para leste que quase posso ser um dos vossos adoradores, porque penso que o sol tem mais razão em se sentir orgulhoso em elevar o vosso ânimo, do que alimentar as plantas e amadurecer todos os minerais da terra.
É minha opinião que um homem sensato possa viajar de boa vontade três ou quatro mil léguas para ver a vossa natureza, e a vossa inteligência, em toda a sua perfeição. O que não imaginar de alguém que viajou pela mais perfeita parte do mundo, e que pelo sol melhora a cada dia na outra! Se vós não escreveis agora contando as melhores coisas imagináveis, podeis dar-vos por satisfeita por ser envolvida pela mesma imputação que o resto do Levante, e concluir que vos haveis abandonado a extremos de efeminação, preguiça e sensualidade da vida...
Por favor, senhora, escrevei-me o mais que puderdes, confiando que não há homem mais sôfrego ou mais ansiosamente atencioso de vós. Dizei-me que estais bem, dizei-me que o vosso filhinho está bem, dizei-me que o mesmo o vosso cão (se tiverdes um) está bem. Não me defraudeis de nenhuma coisa que vos agrade, porque o que quer que seja, agradar-me-á mais do que qualquer outra coisa. Sempre vosso.
Carta de Alexander Pope para Martha Blount
Mui Divina,
É prova de alguma sinceridade para consigo que escrevo enquanto bebendo, e me disponho a falar verdade; e uma carta depois da meia-noite abunda nesse nobre ingrediente. Que o coração deva abundar em chamas, o mesmo tempo aquecido pelo vinho e por si: o vinho acorda e exprime as paixões latentes da mente, tal como o verniz faz às cores escondidas num quadro, e mostra-as no seu brilh natural. As minhas boas qualidades estiveram tão congeladas e fechadas numa constituição apagada nas minhas horas sóbrias, que é muito espantoso, agora que estou ébrio, encontrar em mim tanta virtude.
Neste extravasar do meu coração agradeço-lhe as duas cartas com que me brindou em 18 e 24 deste mês. Aquela que xomeçava com "Meu encantador Sr.Pope" era uma maravilha para além de toda a expressão; vós me conquistastes inteiramente por fim, à vossa encantadora irmã. É verdade que não sois bela, para mulher, penso que não: mas este bom humor e esta ternura são para mim de um charme irresistível. Essa face é irresistível quando adornada pelos vossos sorrisos, mesmo que não veja a coroação! [de Jorge I, em Setembro de 1714]. Suponho que não mostrareis esta carta por vaidade, tal como não duvido que a vossa irmã o faça quando lhe escrevo...
Para Teresa Blount, 1716
Senhora,
Tenho tanta estima por vós, e mais alguma coisa que, fosse eu sujeito formoso, far-lhe-ia muito de bom: mas como as coisas são o que são, o melhor que posso é escrever-lhe uma carta cordata ou um belo discurso. A verdade é que considerando o quanto e o quão abertamente lhe tenho declarado o meu amor por si, estou espantado (e um pouco agastado) que não me tenha proibido a minha correspondência, dizendo-me directamente Não me aborreça!
Não é suficiente, senhora, para a vossa reputação, que tenha as suas mãos imaculada da nódoa de tinta derramada para agradecer um correspondente masculino. Ai de mim! Enquanto o vosso coração consente em encorajar esta dissoluta liberdade de escrever, a senhora não é (de facto, não é) aquilo que tanto gostaria que eu pensasse de si - uma pessoa puritana! Sou vaidoso o suficiente para concluir que (tal como muitos dos meus jovens amigos) o silêncio de uma bela mulher é consentimento, e assim continuo a escrever.
Mas para parecer o mais inocente possível nesta carta, vou-lhe contar as novidades. Pediu-me novidades mil vezes, da primeira vez que me falou, o que alguns podiam interpretar como não esperando nada dos meus lábios; e, na verdade, não é sinal de que dois amantes estejam juntos, o serem tão impertinentes ao ponto de perguntar novas do mundo. O que eu quero dizer é que vós ou eu não estamos apaixonados um pelo outro. Deixo-a adivinhar qual dos dois é essa criatura estúpida e insensível, tão cega perante a perfeição e o encanto do outro.
Alexander Pope (1688 - 1744)
segunda-feira, 19 de abril de 2010
O que é a vida e a morte
Aquella infernal enimiga
A vida é o sorriso
E a morte da vida a guarida
A morte tem os desgostos
A vida tem os felises
A cova tem as tristezas
I a vida tem as raizes
A vida e a morte são
O sorriso lisongeiro
E o amor tem o navio
E o navio o marinheiro
Auctora Florbella Espanca
Em 11-11-903
Com 8 annos d'Idade
(Florbela Espanca, «Esparsos», in «Poesia Completa»)
domingo, 18 de abril de 2010
Peter Steele, 1962 - 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
Um velho índio estava a falar com o seu neto e contava-lhe:
"Sinto-me como se tivesse dois lobos lutando no meu coração.
Um é um lobo irritado, violento e vingativo.
O outro está cheio de amor e compaixão."
O neto perguntou:
"Avô, diga-me, qual dos dois ganhará a luta no seu coração?"
O avô respondeu:
"Aquele que eu alimente."
(Autor Desconhecido)
segunda-feira, 22 de março de 2010
Rio de Janeiro
INSÓNIA
Insónia
Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.
Espera-me uma insónia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.
Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite —
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!
Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!
Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
— Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.
Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.
Estou escrevendo versos realmente simpáticos —
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!
Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstracção de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo — sei lá salvo o quê...
Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo excepto no poder dormir!
Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.
Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!
Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.
Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exactamente.
A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exactamente. Mas não durmo.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Carta de Amor
Livy, querida, seis anos passaram desde que obtive a minha primeira grande vitória e te conquistei, e trinta anos passaram desde que a Providência se preparou para esse feliz acontecimento trazendo-te para o mundo. Cada dia que vivemos juntos vem fortalecer a minha a certeza de que jamais poderemos querer estar separados, da mesma maneira que jamais nos arrependeremos de um dia termos unido as nossas vidas. Hoje, és-me mais querida, minha filha, do que no último aniversário deste dia; eras-me então mais querida do que um ano atrás - desde o primeiro desses aniversários és-me cada vez mais querida, e não tenho qualquer dúvida de que, até ao final, continuarás a ser-me cada vez mais.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Dia do Desportista
Desporto e Pedagogia
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Máscara de Carnaval
É Carnaval
Um dia saí a rua
Algo estranho acontecia
Vi um sapo, uma princesa
e um urso que fugia.
Continuei o passeio
E não queria acreditar
Um Peter Pan a correr
Para um pirata apanhar.
Eram índios e bruxinhas,
Palhaços e joaninhas,
Fadas com suas varinhas
Que punham todos a rir.
E eu enrei na brincadeira
Percebi que nesse dia
Poderia ser quem queria
É que era Carnaval...
(Autor Desconhecido)
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Cartas de Amor Wolfang Amadeus Mozart (1756 - 1791)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Continuação do conto "Os meus pecados" de José Luís Peixoto
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Continuação do conto "Os meus pecados" de José Luís Peixoto
Entre os rapazes, havia também aqueles que esperavam pela hora da catequese ao lado das meninas. Não brincavam com os outros rapazes, não andavam à porrada. Tinham o livro da catequese forrado com papel de embrulhos de Natal, tinham os cadernos limpos e sem uma dobra, tinham carteiras cheias de lápis afiados. Durante a missa, esses rapazes ficavam sentados na primeira fila. Chegavam antes de a missa começar. Alguns desses rapazes haveriam de ser convidados para ficar ao lado do senhor prior durante a missa. A irmã Lúcia não gostava da palavra sacristão, chamava-lhes ajudantes do senhor prior durante a eucaristia. Alguns anos mais tarde, a irmã haveria de falar com eles antes da catequese, dar-lhes-ia detalhes sobre a opa, sobre as horas. Eles haveriam de responder muito bem, irmã; está certo, irmã. Mais tarde, alguns desses rapazes aprenderiam a tocar o sino e, a qualquer hora, podíamos estar a jogar à bola ou podíamos estar na escola, chegaria alguém para chamá-los, dizendo vai lá tocar o sino que orreu a avó do Fulano, a mãe de Beltrano, a mulher do Cicrano. Durante a missa, eu ficava nos bancos de trás. Eu e os rapazes que estavam ao meu lado, trocávamos caras. Às vezes, trocávamos caretas. Quando eu sentia vontade de rir durante o silêncio, ficava a olhar para a imagem de Jesus crucificado. Dentro de mim, a vontade de rir lutava com as palavras da irmã Lúcia, Jesus Cristo sofreu e morreu por nós.
(continua amanhã)
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Contos...
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Heartbreak Warfare (tradução) - John Mayer
Guerra de Sofrimento
(Heartbreak Warfare)
Raios caindo
No fundo, uma chance de me manter
acordado a noite
Sonhos em meios
De fazer você entender minha dor
Nuvens de enxofre no ar
Bombas caindo em todo lugar
É uma guerra de sofrimento
Uma vez que você queira começar
Ninguém realmente ganha
Em uma guerra de sofrimento
Se você quer mais amor,
Porque não me diz então?
Se você quer mais amor,
Porque não me diz então?
Deixe escapar o nome dele
Enfie e gire a faca novamente
Veja meu rosto
Enquanto eu finjo não sentir nenhuma dor
Nuvens de enxofre no ar
Bombas caindo em todo lugar
É uma guerra de sofrimento
Uma vez que você queira começar
Ninguém realmente ganha
Em uma guerra de sofrimento
Se você quer mais amor,
Porque não me diz então?
Se você quier mais amor,
Porque não me diz então?
Então apenas diga...
Como pode o único meio de você ver o quão bem
você me faz
E ver o quão mal eu posso ficar
Só Deus sabe o quanto eu te amaria se você me deixasse
Mas eu não posso me entregar por inteiro
É uma dor, um sofrimento
Eu não ligo se a gente não dormir nada esta noite
Vamos apenas resolver isso tudo agora
Eu juro por Deus que vamos fazer isso certo
Se você abaixar suas armas
Vinho tinto e no final
Você está falando besteiras de novo
É uma guerra de sofrimento
Bom saber que é apenas um jogo
Desapontamento tem um nome
É guerra de sofrimento
É uma guerra de sofrimento
É uma guerra de sofrimento.
Heartbreak Warfare - John Mayer
Inside, a chance to keep me upat night
Dreams of ways
To make you understand my pain
Clouds of sulfur in the air
Bombs are falling everywhere
It's heartbreak warfare
Once you want in to begin,
No one really ever wins
In heartbreak warfare
If you want more love,
Why don't you say so?
If you want more love,
Why don't you say so?
Drop his name
Push it in and twist the knife again
Watch my face
As I pretend to feel my pain
Clouds of sulfur in the air
Bombs are falling everywhere
It's heartbreak warfare
Once you want in to begin,
I don't care if wee don't sleep at all tonight
Good to know it's all a game
Disappointment has a name, it's heartbreak warfare.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Reflexão
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Carta (III) Beethoven
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Carta (II) Beethoven
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Cartas de Amor Ludwig van Beethoven (1770 - 1827)
Três cartas apaixonadas,e nunca enviadas, foram encontradas entre os papéis de Beethoven, depois da sua morte, dirigidas à sua "Amada Imortal". Não têm data, e a identidade da destinatária nunca foi determinada com toda a certeza, embora a candidata mais plausível seja Antonie Brentano (1780 - 1869), uma vienense casada com um comerciante de Frankfurt.
Carta (I)
"Amada Imortal", 6 de Julho, manhã
Meu anjo, mu tudo, meu próprio ser - hoje apenas umas poucas palavras e a lápis (o teu) - apenas terei o meu alojamento. Que abominável a perda de tempo com estas coisas - porquê este desgosto profundo, esta indigência? Poderá o nosso amor perdurar sem ser com sacrifícios ou exigências? Poderás mudar isto, sendo que não inteiramente minha, nem inteiramente tua? Meu Deus, olha para a tua bela Natureza e prepara a tua mente para o inevitável. O amor exige tudo e está certo, de tal modo que é eu contigo, e tu comigo - mas tu esqueces que eu tenho de viver por mim e por ti - e como estamos muito unidos, devias reparar neste doloroso sentimento tal como eu...
... Espero encontrar-te em breve, hoje não consigo dizer-te o que quero, o que fiz durante estes dias - estivessem os nossos corações próxmos, talvez não dissesse nada. A minha alma está cheia, para dizer a verdade - há momentos em penso que as palavras de nada valem. Alegra-te - permanece o meu verdadeiro e único tesouro, meu tudo, tal como eu para ti. Os deuses que enviem a trégua, o que estiver reservado para nós, estará.
O vosso fiel
Ludwig