segunda-feira, 4 de maio de 2009

Poema


Pôquer de Máscaras



"Em torno da mesa, mascarados
Camuflam os olhares e a esperteza,
Os meneios sutis, inusitados,
Deste antigo pôquer de Veneza.

É pleno Carnaval, e os jogadores
Reunidos num salão abobadado
Palácio de outra era, de outras dores,
Num tempo que parece retornado:

Desdêmona passou de tranças feitas,
Feliz, antes da Noite de suspeitas,
E Giacomo, depois, como aprendiz

De aventureiro e sedutor empedernido
Sob a máscara de fálico nariz
Que tanto coração deixou perdido.
(Alma Welt)

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